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Reportagem do Correio: "Se liga, coroa: isso é golpe!"

Confira as sete fraudes mais comuns aplicadas contra idosos e o que fazer para não se tornar mais uma vítima.

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"MODUS OPERANDI"

Ao ser vítima de um golpe, as perdas vão além do valor financeiro, como destaca o psi­cólogo Jonatas Tourinho, es­pecialista em Gerontologia.

No geral, o 'modus operan­di' do golpista é construido a partir de uma abordagem que demonstra atenção, disponibi­lidade e afetividade emocional para auxiliar o idoso com toda paciência possível, ganhando credibilidade e confiança temporária.

"Quase sempre, o senti­mento é de traição, tristeza, incapacidade e preocupação excessiva de como vai pagar as pendências financeiras. Passar por uma situação as­sim pode levar o idoso a de­senvolver quadros psicopato­lógicos como o transtorno de ansiedade, depressivo, pânico e fobia social. Além de elevar o grau de uma não-confiabilida­de generalizada, prejudicando em suas relações", descreve

O alerta para o risco de gol­pe, está, principalmente, nas propostas 'milagrosas' que aparentemente se fazem em beneficio do idoso, como tam­bém chama atenção a advo­gada criminalista Rafaela Al­ban, doutora e professora do curso de Direito da Unijorge.

"É fundamental ficar alerta a ligações em que são solicita­das informações pessoais ou senhas, mensagens com links, pessoas observando suas idas ao banco, descontos em ex­tratos bancários de serviços não solicitados, propostas mi­lagrosas de empréstimos. Também nunca assine docu­mentos sem lê-los e consulte alguém da sua confiança. O ca­minho é a precaução", indica.

Professor de segurança de redes da Unijorge, Elmo Ba­raúna aconselha a desconfiar de qualquer apelo. É aqui que mora o perigo, quando esses golpes são aplicados em meios digitais.

"Mantenha os dispositivos com as atualizações dos fabri­cantes e ative a autenticação em dois fatores nas redes so­ciais, e-mails e aplicativos de mensagem. Em casos de difi­culdade, o melhor é solicitar ajuda de um parente ou de al­guém de confiança para fazer essas configurações de forma segura", indica o especialista, ao orientar que o idoso des­confie sempre.

1. FALSO FUNCIONÁRIO

O QUE É O fraudador entra em contato com a vitima, se pas­sando por um falso funcionário do banco ou empresa com a qual o cliente tem um relaciona­mento. Diz que há irregulari­dades na conta ou que os dados cadastrados estão incorretos e solicita dados pessoais e finan­ceiros da vitima em potencial.
COMO EVITAR Verifique sempre a origem das ligações e men­sagens recebidas. A Febraban reforça que o banco nunca liga para o cliente pedindo senha nem o número do cartão, e também nunca liga para pedir para realizar uma transferência ou qualquer tipo de pagamento.

2. PHISHING

O QUE É Também chamada de pescaria digital, é uma fraude eletrônica cometida pelos en­genheiros para obter dados pessoais. A forma mais comum de um ataque de phishing são as mensagens e e-mails falsos que induzem o usuário a clicar em links maliciosos. Também exis­tem páginas falsas na internet e mensagens com promessas de brindes e descontos comparti­lhadas em redes sociais.
COMO EVITAR Sempre veri­fique se o endereço da página de internet é o correto. Para garan­tir, não clique em links suspeitos e digite o endereço no naveg­ador. Mantenha seu sistema operacional e antivírus sempre atualizados.

3. FALSO MOTOBOY

O QUE É O golpe começa com uma ligação de uma pessoa que se passa por funcionário do banco e diz que o cartão foi clonado, informando que é pre­ciso bloqueá-lo. O fraudador ori­enta a vitima a cortar o cartão ao meio e solicitar um novo via atendimento eletrônico do ban­co. O falso funcionário pede ain­da que a senha seja digitada no telefone e diz que um motoboy irá buscar o cartão para uma pericia.
COMO EVITAR Nenhum banco pede o cartão de volta ou envia qualquer pessoa ou portador para retirar o cartão em casa.

4. FALSO LEILÃO
O QUE É O fraudador envia um link que simula um falso leilão. Para que haja um lance, a vitima tem que preencher formulários com seus dados ou depositar um valor na conta do fraudador. Com dados como senha, nú­mero do cartão e CPF, o golpista consegue fazer transações fi­nanceiras não autorizadas.
COMO EVITAR O cliente nunca deve enviar dados, senhas e acessos a ninguém. É ne­cessário sempre verificar a origem de qualquer link antes de abri-lo, assim como a veraci­dade do site de leilão e avaliações de outros usuários.


Leia na íntegra em: www.correio24horas.com.br, edição n. 14566, de 04 e 05 março de 2023.